quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

As Obras Viárias e os Transtornos no Trânsito


foto de Mary Leal

Nos primeiros meses do inicio das obras viárias em Brasília, notava-se a esperança de melhoria da circulação. A inexistência de transporte coletivo de qualidade e a facilitação na aquisição de veículos automotores impõem cada vez mais a presença do transporte individual como forma de acesso a trabalho, educação, lazer e às demais atividades urbanas.
Entretanto, em razão da estratégia adotada pelo governo, de iniciar todas as obras ao mesmo tempo, tornaram-se mais uma razão das dores de cabeça e risco de vida dos usuários das vias de ligação. Onde se fez necessário um viaduto e ampliação de uma ou mais via iniciou-se apenas um deles, o viaduto ou a via causando mais estrangulamento na via pré-existente e mais engarrafamento.

Na via de ligação ao Aeroporto, no cruzamento com a Avenida das Nações o viaduto ficou pronto há algum tempo, mas as obras de pavimentação não foram continuadas. A sinalização desapareceu e aquela obra se transformou em um ponto de estrangulamento. Ainda na via de ligação ao Aeroporto, a ponte sobre o Riacho Fundo foi ampliada, mas a pista continua como dantes, sem que se anteveja o termino das obras.

Na L2 Sul fez-se um desvio e uma escavação e nada mais. Na pista que liga o Zoológico com o Guará II no cruzamento com a EPIA, a sinalização desapareceu, parte da pista está tomada e as obras suspensas. O mesmo se vê no cruzamento da EPIA com a via de ligação com Taguatinga. Ali há uma tesourinha interditada há meses. Os quadros acima se repetem em outras obras iniciadas pelo DF sem que se tenha noticia quanto a seu termino.

Cabe ressaltar o sumiço da sinalização junto às obras. Os tapumes, os redutores de velocidade, a iluminação indicativa dos limites das faixas de rolamento sumiram. Ficaram os ressaltos, os cortes, barreiras deixadas dos canteiros desativados e outros elementos de insegurança no transito A inexistência da sinalização nas proximidades das obras causa insegurança nos motoristas e resultam em redução da velocidade de escoamento das vias. As obras, abandonadas como estão, são fator de insegurança.

À primeira vista, tem-se a impressão que se realizada sem interrupção estas obras custariam bem menos pela desnecessidade de montar e desmontar os canteiros de obras, mobilizar e desmobilizar equipes. Causariam menos transtornos se iniciadas e terminadas, pois deixariam de invadir as pistas de rolamento existentes e de reduzir a velocidade nas suas imediações.
As obras públicas exigem uma administração profissional voltada para o propósito de causar o mínimo de transtorno à população à qual elas se destinam.