Savacu ou garça-negra, fotografada por Edgard Thomas“Aves de Brasília 50 Anos” é tema da exposição fotográfica que abre sua mostra no próximo dia 5, o primeiro sábado de junho, às 10 horas, no Parque Olhos D’água, situado nas quadras 413/414 da Asa Norte. A mostra, que também expõe fotografias de aves encontradas em outros locais, permanecerá aberta até o dia 5 de agosto. Dentro de sua programação será realizada uma caminhada de observação dos pássaros no Parque, no dia 6 de junho, domingo, com binóculos, lunetas, máquinas fotográficas ou a olho nu. Será uma oportunidade de conhecer novas espécies de aves, além do trabalho dos fotógrafos. O acesso é gratuito.
A mostra expõe o trabalho de dezenove fotógrafos, dentre eles o arquiteto Tancredo Maia Filho. Ele vem fotografando os pássaros que nidificam ou passam pelo Parque há algum tempo e já identificou e fotografou ali, cerca de 60 das espécies encontradas no Parque.
A presença dos pássaros na cidade já foi objeto de preocupação dos ornitólogos. Especialistas creditavam a ausência de pássaros á ocupação das terras pela expansão urbana e pela agricultura intensiva no cerrado. É fato que a agricultura tem avançado sobre o cerrado e eliminado as condições requeridas para a sobrevivência das aves nas áreas de cultivo.
Tem-se observado que as aves pré-existentes no Distrito Federal têm se habituado à presença das pessoas. Dias atrás, no Cine Centro São Francisco, encontrei uma senhora que estava há algum tempo observando um joão-de-barro que colhia ramos em um canteiro à sua frente e pouco se importava com as pessoas que passavam.
Tenho observado o mesmo comportamento em outros locais. Há um bem-te-vi que adora tomar banho nas poças, em uma sombra, na via de acesso ao bloco onde moro. É preciso esperar, pois ele não sai com a aproximação dos veículos. Parece que ele sabe que não será molestado. A ausência de bodoques, nos permite a convivência com os pássaros no espaço urbano.