
Aquele cinema é um dos últimos do Brasil. Tem 15 mil metros quadrados de pátio asfaltado, o que permite estacionar até 500 automóveis. Inicialmente o som vinha de equipamentos colocados ao lado de cada vaga, hoje o som é transmitido em FM e captado pelo rádio do veiculo.
O cinema conta com lanchonete e o atendimento é feito no próprio automóvel. Basta ligar a lanterna do carro e o garçom se apresenta para receber o pedido. Hot-dogs, pipocas, mistos quentes e outros, regados a sucos, refrigerantes, cervejas e até vinhos (para os que não estão dirigindo). A área conta com vigilantes que garantem a segurança dos freqüentadores.
O grande apelo é que se pode ir ao cinema, que tem a maior tela conhecida – 312 metros quadrados – sem ter que se arrumar. Pode-se levar a família, cachorros e gatos e fazer do evento uma festa. Pode-se ir para namorar, ter privacidade. Também para ver o filme naquele telão único.
A postergação da licitação que regularize a situação do Drive–in é incompreensível e inaceitável. Não deixa de ser uma atitude ilegal conforme prescreve a Lei 8112 que responsabiliza civil e criminalmente aquele que pratica a omissão e gera prejuízo ao erário público.
É incompreensível ainda, que o Drive–in permaneça vinculado à Secretaria de Esportes. Trata-se de atividade cultural e para tanto o mais adequado seria sua gestão pela Secretaria de Cultura onde as pessoas saberiam da importância de sua manutenção.
Ao final fica o temor de que essa continua postergação do processo licitatório e a insistência em manter irregular a ocupação das áreas do autódromo podem ser formas de devagarzinho gerar um fato consumado de entrega da área à especulação imobiliária. Até imagino o anúncio: “GDF construirá alojamentos para o conjunto Olímpico”. Credo! São tantos os casos que já acreditamos que o diabo, o tinhoso, o cheiroso, o chifudo, o demo é quem governa os destino dos DF.