terça-feira, 1 de junho de 2010

Os Brasilienses e seus Parques

Parque da Cdade por Erica simas

O Parque Olhos D’água (Quadra 413/14 Norte) foi criado por iniciativa e militância da comunidade. Um grupo de interessados formulou o Projeto de Lei e foi para a Câmara Legislativa buscar o apoio dos Deputados. Visitaram gabinetes, defenderam a proposta, cabalaram votos e ao final obtiveram a aprovação. Hoje o Parque é intensamente freqüentado pelos moradores das redondezas.


O Distrito Federal dispõe de muitos parques. Parques federais como o Parque Nacional e parques distritais. Parque de preservação de nascentes como o Parque das Águas Emendadas e vários outros e parques de preservação da flora e da fauna como o Jardim Botânico. Parques rurais e parques urbanos tais como o Parque da Cidade, o Parque Burle Marx, Parque de Águas Claras, o Parque Onoyama etc.

Dias atrás vi em um canal de TV uma entrevista com o Coordenador de Voluntariado da Fundação SOS Mata Atlântica, Beloyanes Bueno Monteiro. Ele enfatizava a importância da participação da população na gestão, sua politização quanto às questões ambientais. Beloyanes nos repassa a experiência de quase trinta anos de militância ambiental iniciada na Associação de Defesa da Juréia.        

Nossos parques são tratados como questão governamental. Cada um deles tem um Comitê Gestor, planos de manejo, relatórios de impacto ambiental etc. São administrados por servidores públicos. Os parques não são conhecidos da população, não há identificação dela com os parques. Poucos sabem que o Parque das Águas Emendadas tem uma nascente que contribui para a Bacia do Rio Paraná e para a Bacia do Rio Tocantins. Nem que ali é o habitat do Pirá-brasília, um peixe que só existe ali.

Cabe a edição de uma Lei que redefina a gestão de cada um dos parques do Distrito Federal, chamando a população a eleger representantes para compor conselhos de gestão, definindo quem poderia votar, os limites de atuação destes conselhos e os as formas de utilização de cada parque.