Os permissionários do serviço de táxi teimam em não aceitar que a tecnologia mudou a forma de prestar os serviços de transporte ponto a ponto. Os profissionais que ainda praticam o antigo modelo, ficam em uma fila, em um ponto, muitas vezes por horas a espera do cliente. Quando o passageiro demanda seus serviços ele avalia se a corrida e a receita decorrentes valem o tempo de espera. São muitos os relatos de pessoas que foram recusadas porque o taxista entendia que tal trajeto não pagaria o tempo no ponto.
Recentemente, uma senhora que veio a Brasilia para participar de um evento, foi recusada pelo taxista e seguiu da rodoviária até o Hotel Nacional arrastando as malas e outros pertences. No trajeto entre a rodoviária e o hotel ela foi assaltada. O fato foi noticia na mídia.
O motorista do Uber ou de outro aplicativo não pode recusar o passageiro. Em geral ele não espera muito. ele está em movimento e próximo ao local de onde o cliente está. Considerando a bandeirada, mesmo que o trajeto seja curto e ele venha a receber um pequeno valor, provavelmente ele receberá uma nova chamada de imediato e a sua receita diária será maior que daquele que espera o passageiro em um ponto. Os que trabalham com aplicativos afirmam que ganham bem mais que o taxista tradicional.
Essa questão não está resolvida com o projeto de lei aprovado na Camara Legislativa. Ficou a cargo do Executivo local estabelecer o limite de carros licenciados. A limitação do número de carros valoriza as permissões e cria um mercado paralelo. Dias atrás, os classificados continham anúncio de venda de três permissões ao preço médio de R$ 70 mil cada.
Atualmente, existem mais de 7 mil táxis de aplicativos. Com a redução do preço aumentaram os clientes e as corridas. A dificuldade de encontrar vagas de estacionamento tem feito com que muitos optem por deixar o carro na garagem, ou mesmo vendê-lo e utilizar os serviços dos aplicativos. O modelo antigo terá que conviver com os novos.
Nesta semana ouvi, em um noticiário nacional, uma taxista da cidade do Rio de Janeiro oferecer um novo serviço, o Taxi Rosa. Trata-se de mulheres taxistas voltadas para o atendimento preferencial às mulheres. A presunção é que elas se sintam mais à vontade em um veiculo conduzido por outra mulher. A tecnologia permite que os serviços sejam adequados à demanda. Tempos novos de desafios e oportunidades.
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