Tempos em tempos alguma autoridade vem a público apresentar projetos para as passagens subterrâneas. Nova iluminação, segurança e inúmeras melhorias. Essas propostas coincidem com algum incidente envolvendo pedestre que, por variados motivos preferiu cruzar o Eixo Rodoviário onde não há faixa de pedestre ou semáforo que possa protegê-lo.
Ao se expor aos perigos da travessia o pedestre denuncia o receio de usar a passagem subterrânea construída especialmente para sua proteção. Afinal elas permitem o cruzamento da via sem contato com o veiculo. Mas ainda assim muitas são as vitimas do tráfego de veículos, especialmente à noite quando a visibilidade dos condutores é comprometida.
Por mais de uma oportunidade autoridades tentaram coibir o cruzamento do Eixão por pedestres. Foi apresentada como solução a construção de barreiras com cercas, muretas e outros obstáculos que os impedisse de atravessar a via de tão alto risco. As razões pelas quais o pedestre não utiliza as passagens são várias. As passagens estão seriamente danificadas. Os pisos esburacados e as grelhas coletoras de águas pluviais estão quebradas com sério perigo de tombo ou danos pela possibilidade de cair nelas.
As paredes perderam seu revestimento. O revestimento original era de material de boa qualidade, cerâmica vitrificada. Entretanto a argamassa de assentamento não aderiu ao material cerâmico e o revestimento se desprende em grandes placas, naturalmente ou por ação de vândalos que o arrancam para ali apor a sua assinatura.
A iluminação foi destruída. Não há mais lâmpadas e mesmo as luminárias metálicas já não se prestam a seus objetivos. Em certo momento essa iluminação foi protegida por gaiolas de ferro e telas e ainda assim os inimigos do bem público arrancaram as gaiolas e depedraram as luminárias.
A situação da Asa Sul difere da Asa Norte. A Galeria dos Estados, que liga o SCS ao SBS e que abriga lojas que funcionam todo o dia é intensamente utilizada. Á noite ela é evitada. Há, em algumas quadras, as estações do Metrô com passagens em boas condições. Entretanto aquelas passagens distam umas das outras mais do que os pedestres estão dispostos a andar. Entre o SCN e o SBN não há passagem alguma. Órgão do Governo se apropriaram das galerias e não foi construída passsagem sob o Eixão naquela localidade.
É tempo de voltar a pensar nas passagens subterrâneas, recuperá-las e buscar formas de coibir o vandalismo. Ainda que seja para evitar um único acidente já vale a pena, e não ocorre apenas um a cada ano.
Recuperar as passarelas e convencer seus usuários de que podem utilizá-las sem sobressalto seria a melhor forma de garantir seu uso. Para isso é necessário restaurá-las. Garantir a presença de mecanismos de monitoramento constante com câmeras e a presença imediata de policiais sempre que ocorra qualquer incidente ou que haja o risco de vir a ocorrer.
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