sábado, 28 de novembro de 2009

Cinema é Renda, Emprego e Cultura




Neste domingo, 22 de novembro, foram apresentados às 15h, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional, parte dos filmes selecionados para a Mostra Digital Competitiva do 42º Festival de Cinema de Brasília. Os demais filmes da Mostra Digital foram apresentados às 15h30 no Centro Cultural Banco do Brasil. Os filmes digitais são a porta de entrada para os novos diretores de cinema. Os custos financeiros destas obras são baixos. Os filmes apresentados no domingo, segundo seus produtores, custaram entre R$ 350,00 e R$ 15.000,00. O primeiro não pagou a nenhumas das pessoas que trabalharam em sua produção e o último gastou 80 por cento da verba com pessoal e o restante com outras despesas.

A indústria cinematográfica tem repercussão muito além do próprio processo produtivo. Durante a produção dos filmes ela envolve profissionais com formação em áreas diversas, como maquinista, iluminador, eletricista, cenarista, continuista, figurinista, maquiador, fotógrafo, ator, montador, diretor, produtor, assistente, roteirista e outros, dependendo da complexidade do filme. São muitas pessoas empregadas para produzir e outras tantas para distribuir, exibir, manter as salas de exibição etc.

É comum encontrar pessoas acostumadas aos filmes Hollywoodianos dizendo que os filmes nacionais não atendem às suas expectativas. Os planos, as cores, o enquadramento, tudo reflete uma forma de ver o mundo. Estes consideram a produção nacional como de segunda. Estão condicionados a ver o cinema com os olhos de Hollywood. Reeducar o brasileiro a se ver nas telonas ou nos filmes da TV é tão importante quanto gerar empregos na indústria cinematográfica.

O governo local tem procurado incentivar de muitas formas a geração de empregos. A forma mais identificável é o PRÓ-DF que distribui lotes, oferece recursos subsidiados e isenções fiscais por entender que assim estará aumentando a oferta de empregos. A indústria cinematográfica, não poluente, produz maior número de empregos por real investido. A fixação de Brasília como um pólo produtor de cinema no Brasil, assim como queria o Governador José Aparecido, irá acontecer se for fortemente apoiada pelo governo local.

A produção de curtas em vídeo é a forma barata de formar profissionais e identificar talentos. Os curtas em película e os longas irão confirmar aqueles profissionais e levá-los ao mercado. Assim um dia poderemos ter uma "Brasiliawood" a exemplo do Bollywood da Índia.

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