terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Especulação imobiliária toma conta da cidade
O preço da habitação no Distrito Federal continua alto. Muito alto comparado com os preços de outras cidades. Alto também quando comparado à capacidade de pagamento da maioria de sua população.
Construtoras estão edificando nas mais diversas áreas. Algumas decorrem de novas áreas de ocupação, áreas com destinação específica como Águas Claras e Noroeste. Outras tomadas da malha urbana em conseqüência da mudança de destinação e de alteração da taxa de ocupação.
Assim é o caso do Setor de Moda no Guará, onde estão construindo edifícios de habitação com mais de quinze pavimentos, cidade que antes estava limitada a seis pavimentos. O Setor de Indústria do Gama está sendo ocupado com edificações mistas de comércio e residência e com a taxa de uso multiplicada “n” vezes para atender á especulação imobiliária. Também é o caso de uma área localizada atrás do Carrefour. O mesmo ocorre em várias cidades satélites.
Poderíamos entender que desta forma o poder público estaria aumentando a oferta de moradia e facilitando o acesso a ela. Mas trata-se apenas de aumentar o lucro sem atentar para o equilíbrio da oferta de serviços públicos e de equipamentos urbanos para as populações que ali irão morar.
As áreas próximas a essas edificações não contam com praças ou espaços públicos onde as crianças, em especial, e as demais pessoas possam estar. Não há escolas projetadas nas imediações, tampouco houve programação para instalação de postos de saúde, um posto policial etc. As redes de água potável e de coleta de esgotos não foram projetadas para atender o excesso de demanda provocado pelo adensamento populacional resultante da alteração da ocupação.
Ao ser conivente com estas práticas o Governo do Distrito Federal compromete o futuro do Distrito Federal. O preço será pago por todos nós.
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