terça-feira, 2 de novembro de 2010
Espaço Urbano e o Aspecto da Cidade
Assim como na casa de cada um de nós, nas escolas, lojas, hotéis ou qualquer outro ambiente, a harmonia, a adequação, a qualidade e a conservação dos pisos, paredes, móveis, utensílios e elementos de decoração criam aquela sensação de conforto.
É de se esperar que no espaço urbano ocorra o mesmo. O mobiliário urbano composto por placas de sinalização, postes de iluminação, bancos etc. somado ao tratamento das ruas e calçadas, a cobertura vegetal com gramados e plantas ornamentais, a arborização compõem o espaço urbano a ser vivenciado por aqueles que circulam, passam ou trabalham.
Quanto melhor equipado e conservado o espaço urbano, maior a boa impressão e o conforto daqueles que nele convivem. Essa qualidade é reconhecida facilmente e em certos casos dão notoriedade ao logradouro. As calçadas na orla da Cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, com suas ondas formadas em pedra portuguesa são reconhecidas de imediato por sua beleza e adequação ao local e ao uso.
Nossos espaços de uso público, em sua maioria, não foram objeto, até então, de preocupação de quem de direito. Em um mesmo logradouro podemos encontrar até três tipos de lixeiras, de diferentes materiais e cores e quase sempre sem conservação que permita seu uso. Assim ocorre com os demais equipamentos.
Chamo a atenção para as superfícies. Elas deveriam ser revestidas por asfalto, calçamento, gramado ou outras gramíneas e arbustos floríferos de pequeno porte. Sabe-se que os solos de Brasília são na sua maioria compostos de argila arenosa, propensos a emissão de poeira quando expostos ao sol e a lama quando molhados. Daí a necessidade de mantê-las cobertas.
Não é o que ocorre. Em muitos locais o costume de cortar caminho leva o transeunte a pisar nos gramados e canteiros, matando-os e tornando nua a terra. Em outros casos são as calçadas quebradas ou a sua falta que levam as pessoas a circularem sobre a cobertura vegetal danificando-a.
Essas observações levam à necessidade da constante manutenção dos espaços urbanos, com limpeza e recuperação das partes sujas, mal cuidadas ou danificadas, assim como ocorre em nossas casas.
Uma prática em especial chama a minha atenção. As calçadas são lançadas sobre o solo preparado com uma leve compactação de um fino aterro aplicado sobre o terreno natural. Após a compactação são fixadas formas laterais e juntas de dilatação e então lançada a argamassa de cimento geralmente com a espessura de cinco centímetros.
As calçadas assim feitas teriam a resistência suficiente para suportar o peso das pessoas as quais se destinam. Ocorre que as calçadas suportam constantemente o peso de roçadeiras, carros e caminhões que correta ou incorretamente passam sobre elas. Essa prática provoca sua quebra e a necessidade de sua reconstrução de tempos em tempos. Caso seja inevitável o trafego de veículos sobre as calçadas, melhor seria construí-las com maior resistência de modo aumentar a sua sobrevida e evitar os acidentes aos pedestres que por elas circulam.
A reconstrução, ou implantação de calçadas em áreas já urbanizadas tem mostrado que a contratação daqueles serviços não prevê a reparação dos gramados ou jardins preexistentes. Em geral ao término das obras sobram restos de argamassa pontas de madeira, buracos, terra solta, enfim, uma desarrumação incômoda. A recuperação do canteiro de obras deveria constar do edital de licitação e do contrato de execução dos serviços. Essa manutenção faria uma cidade limpa, agradável e bela.
Marcadores:
arborização,
calçadas,
danificado,
espaço urbano,
logradouro,
mobiliario urbano,
poeira,
Sinalização Urbana,
superficies
Nenhum comentário:
Postar um comentário