terça-feira, 2 de novembro de 2010

Reciclagem do lixo versus Incineração



Ao final do primeiro turno da campanha eleitoral no Distrito Federal, um grupo de ambientalistas distribuía um panfleto na Rodoviária do Plano Piloto, denunciando que o Governo local estaria promovendo um financiamento de 500 milhões de dólares para incinerar todo o lixo do Distrito Federal.
O Governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, segundo noticias publicadas por vários veículos, viajou à Amsterdam, na Holanda, para visitar uma usina de geração de energia movida a lixo. Segundo informes divulgados, 1.1 tonelada de lixo sólido geraria 43 Mw/h. O lixão seria trocado por geração de energia.

Jornais de diversas capitais, tais como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e São Paulo, publicaram, no período de julho a setembro, matérias sobre o assunto, falando das vantagens de utilizar o lixo para gerar energia. As matérias têm o mesmo teor. A exceção fica por conta do Rio de Janeiro onde um pesquisador de um Instituto de pesquisa (Coope) aparece legitimando os dados de geração de energia.

Os ambientalistas de Pernambuco pela Associação Permanente de Defesa da Natureza reagiram ao projeto com um extenso manifesto. Eles entendem que : “A Incineração é a solução de tratamento de resíduos sólidos mais cara existente no mundo, além de poluir o ar é também responsável pela emissão de dioxinas e furanos, as mais agressivas já existentes na natureza”.

Faz pouco tempo, o Governo do Distrito Federal estava fazendo edital para implantação de um lixão ao final de Samambaia. Aquele lixão era posto como a única solução. Agora a solução é o incinerador. Na opinião dos donos de empresas exploradoras do lixo em Brasília, o incinerador geraria energia na potência de várias usinas no padrão de Corumbá IV.

O certo é que o lixo reciclado dá renda a inúmeras famílias de catadores de material reciclável. Uma vasta indústria de reciclagem utiliza os materiais coletados. O Brasil é campeão de reciclagem, processo que reduz impacto na natureza. Ao término do governo não é o melhor momento para tratar de projeto tão polemico.

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