terça-feira, 2 de novembro de 2010

Superbactéria e Saúde Pública



A saúde no Distrito Federal sempre teve condições diferenciadas que permitiriam ser modelo de atendimento para o Brasil. A União sempre repassou os recursos necessários para a construção dos edifícios, para a compra de equipamentos, de medicamentos e para o pagamento dos servidores.


Lá nos primórdios, havia uma política de distribuição geográfica dos equipamentos, dos postos de saúde e dos hospitais locais, mantendo no topo o “Hospital Distrital”, hoje denominado Hospital de Base. Além desses havia os hospitais especializados como o Hospital materno-infantil, o hospital psiquiátrico, entre outros específicos.

Depois Brasília teve outras experiências como o programa “Saúde em Casa”. com o qual esperava-se reduzir a freqüência das pessoas nos pontos de atendimento. Faria o acompanhamento aos possíveis pacientes, em especial às gestantes, às crianças, aos idosos e àqueles que demandassem maior atenção em suas casas. Permitiria evitar o aparecimento de doenças ou o agravamento de quadros já conhecidos, reduzindo custos e evitando a pressão sobre os ambulatórios e emergências.

O quadro de ineficiência e a insatisfação com o atendimento dos serviços de saúde vêm se agravando, a ponto de termos tido como Secretário de Saúde um engenheiro e depois um economista. Nada disto melhorou o atendimento à população. Até um hospital público com gestão privada temos, e nele também as mazelas do atendimento são as mesmas apontadas nos hospitais de gestão pública.

Os prédios sempre estão em péssimas condições de conservação, os equipamentos sempre estão quebrados, as denúncias de desvios de medicamentos e utensílios são freqüentes. Agora aparece a superbactéria. Aparece apenas nos hospitais públicos. A indefinição de um modelo de atendimento de saúde, a convivência, lado a lado, do atendimento público e do privado parece inibir a oferta de serviços de qualidade, afinal os médicos são os mesmos nos dois serviços.

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