segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Casa Abandonada
Durante a semana passada uma emissora de Televisão apresentou uma reportagem onde eram avaliadas as condições de conservação do Parque da Cidade. As imagens mostraram a antiga piscina de ondas cheia de lixo, as churrasqueiras quebradas e todos os equipamentos e infra-estrutura do Parque em péssimas condições de conservação. Ao final, a reportagem colheu opinião do administrador do Parque:
- O que o Senhor acha que falta ao Parque? – Perguntou a repórter.
- Falta investimento. - Respondeu consternado.
Essa resposta serviria para toda a cidade. O que se vê é desmando e abandono. As obras não terminam nunca, estão pelas metades, causando mais transtorno do que antes de seu inicio. Os vários órgãos de governo não se entendem e atuam cada um a seu modo.
A cidade parece com aquelas casas ocupadas por inquilinos desleixados que quando desocupadas, apresentam aspecto de desmazelo e abandono. Não há um prédio público que não esteja eivado de problemas. Não há um logradouro que tenha aspecto elogiável. Não há um órgão que mereça aprovação da população. O Teatro Nacional está com as poltronas rotas e quebradas. O Cine Brasília apresenta várias cadeiras danificadas. O planetário nunca funciona. E assim vai!
Há uma grande equipe de transição a trabalhar e uma expectativa ainda maior com o acerto do novo governo. Por maior que seja a vivência dos novos dirigentes, sempre existirão aspectos que escaparão ao conhecimento e à experiência de seus componentes. Seria interessante que se realizasse um grande Seminário de Planejamento Governamental que envolvesse além do Governo, todos os segmentos da sociedade. É preciso redefinir o próprio governo: seus instrumentos de ação, seus objetivos, suas metas e os meios utilizados para alcançá-los. Um bom ponto de partida seria rever o PDOT, coibindo a especulação e preservando o futuro de Brasília.
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