segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Moradias Necessárias
O Censo de 2010 mostra o Distrito Federal com uma taxa de crescimento acima da média nacional. A unidade da federação com maior crescimento é o Amapá com 3,44% ao ano. A de menor crescimento é o Rio Grande do Sul com 0,49% ao ano. Os estados do Sudeste cresceram percentualmente menos que a media nacional. Talvez isso denote um esgotamento da migração para aquela região.
Crescemos, no Distrito Federal 2,25% ao ano. Isto significa que no próximo ano teremos 57.667 habitantes. Considerando a taxa de 3,7 habitantes por domicilio precisaremos de 15.585 novas moradias para abrigar os novos habitantes. É verdade que muitos serão jovens, bebês, mas muitos estarão casando e constituindo novas famílias e a média de habitantes por domicilio será mantida com pequena variação.
A falta de oferta de moradia em área regularizada, urbanizada, com equipamentos e serviços públicos, de acordo com um planejamento que otimize os investimentos públicos e valorize a qualidade de vida, redunda inevitavelmente em ocupações irregulares, em quebra de normas, em especulação imobiliária.
A oferta de área para edificação de moradias no Distrito Federal, nos últimos vinte anos deu-se, na sua grande maioria, em ocupações irregulares. Áreas estas, com topografia inadequada, em terrenos muito acidentados ou de preservação foram ocupadas e loteadas por grileiros sob o beneplácito do governo leniente. Áreas com carência de água ou de difícil urbanização, sem articulação com o tecido urbano irão custar muito caro á população do Distrito Federal.
O GDF vem oferecendo lotes para a classe A e B no Noroeste e no Jardim Botânico. Será necessário pensar em oferta de moradia para todos. Aos menos favorecidos melhor seria construir habitações com os recursos do Programa Minha Casa Minha Vida, uma vez que as condições desse púbico são menores. Note que o número necessário de novas moradias a cada ano é de 15.585. Isto se não quisermos favelas ou grilagens.
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