Foto Ana Sousa
Moradores de rua estão presentes nas cidades desde que estas se originaram. Sempre foram aqueles que por motivos os mais diversos não mantiveram os laços com o sistema produtivo, com a família ou com a localidade.
Hoje, mais especificamente em Brasília, há certo entendimento de que estas pessoas são oriundas de processos migratórios. Nem todos que estão em Brasília são oriundos do campo. Quem circula pela cidade há anos percebe que a maioria daqueles que vivem nas ruas, seja vendendo coisas de pequeno valor ou pedindo esmola, são conhecidos de muito tempo. O fato novo é o crescimento de crianças nas ruas e de usuários de crack e outras drogas.
Há certa perplexidade da sociedade e do governo de como lidar com a questão. Os usuários apreendidos são imediatamente soltos vez que não há como mantê-los na prisão, tanto do ponto de vista jurídico com logístico. As iniciativas de organizações não governamentais, mesmo que bem sucedidas, atingem um número pequeno, em geral de um segmento específico tal como alcoólatra, alienado, usuário de outras drogas etc.
O sucesso da empreitada só ocorrerá com a ação coordenada do governo. Considerado o número de moradores de rua em relação ao total da população vemos que se trata de um pequeno percentual, mas são pessoas incapazes de saírem das ruas pelos próprios meios. Crianças e adolescentes que não contam com o acompanhamento dos pais, que trabalham o dia todo, e que passam mais da metade do dia sós são as presas fáceis dos traficantes. Uma vez viciados vão para as ruas.
Aguardam-se as propostas e ações dos governos local e federal para as populações de rua e em especial para os viciados em crack. Essas políticas devem ter em vista a recuperação e a reinserção destas populações no mercado de trabalho e das crianças na família. Caso não seja possível reintegrar as crianças na vida família é obrigação do estado acolhê-las e protegê-las até a maioridade.
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